terça-feira, 20 de setembro de 2011

A violência urbana e a Exclusão dos jovens.

A temática da violência e juventude tem ganhado notoriedade nos últimos anos por diversas áreas acadêmicas.

Três aspectos não são valorizados nos estudos sobre representação da violência: a violência contra jovens e sua impunidade; a vida urbana como elemento de exclusão e a mídia como propagadora de preconceitos e estigmas contra as classes mais pobres.

Nada é mais passível do que o papel em branco, sem vontade.
Tudo aceita sem pestanejar, promessas vazias, obrigações, leis, projetos...
A base da democracia vigente, está na contraparte do "contrato social" firmado entre a pessoa e a sociedade, ou seja, na parte da percela de liberdade doado ao Estado em forma de contrato para o bem comum. O judiciário que representa uma parte da tripartição dos poderes e talvez a mais forte dos Três poderes e a mais corrupta, tendenciosa e cega.

Apesar de o Brasil possuir um dos melhores “Estatuto da Criança e do Adolescente”, a lei não determinou que um dos direitos básico para a propagação da cidadania, a educação, deixasse de ser excluída permanentemente daqueles que se viam obrigados a trabalharem em auxílio de sua família, principalmente as crianças e jovens que tem seus direitos ignorados pelas autoridades competentes.
É portanto, mais fácil rotular e criminalizar os jovens e adolescentes moradores das periferias, generalizando os moradores desses locais pobres, como produtores da violência e "corruptores" da ordem pública do que solucionar as questões.
 
A comunicação promovida pela mídia (órgãos de comunicação de massa), tem assumido crescente relevância na construção da consciência ou (inconsciência?) dos indivíduos, o que torna importante a  sua postura na veiculação da violência, dos problemas sociais, econômicos e etc. 

Sua influência é exercida pela exposição de cenas de violência, propagandas que promovem o consumismo e programas que valorizam padrões de vida de nível sócio-econômico elevado, subtraindo muitas vezes uma contrapartida importante tanto da sua formação quanto dos reflexos causados por estas relações.

Desta forma, mídia transforma a massa em multidão e quando as massas se misturam, não parecem ter racionalidade em seus objetivos. Pois não existe a compreensão dos indivíduos.
 
A revista CartaCapital (nº 71, dezembro de 2005) trouxe uma excelente reportagem chamada "De Bonner para Homer". Ela dá pistas sobre os mecanismos que o mais assistido telejornal do país utiliza. Entre eles, explicar para esconder e transformar o negativo em positivo.

A matéria foi escrita pelo sociólogo, jornalista e professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, Laurindo Lalo Leal Filho. Relata a visita de um grupo de professores da USP a uma reunião de pauta do Jornal Nacional, em 23 de novembro. A reunião foi coordenada por William Bonner, que além de ser o apresentador do programa, também é seu editor-chefe.
Durante a reunião, Bonner diz que uma pesquisa realizada pela Globo identificou o perfil do telespectador médio do Jornal Nacional. Seria um sujeito preguiçoso, burro e que adora ficar no sofá, assistindo TV, comendo rosquinhas e bebendo cerveja. Ou seja, alguém parecido com Homer, o famoso personagem da série Os Simpsons.



Um comentário:

  1. Christian,
    Acredito que nós, educadores, somos uns dos poucos que param para pensar e "visualizar" como o país seria diferente se a educação e a formação dos jovens, bem como as políticas públicas, fossem voltadas para as crianças e os adolescentes.
    Assim, como você, penso que rotular e generalizar são meios de propagar um problema que cada vez fica mais sério.

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